Jogo do MIT ensina ciência, engenharia e tecnologia

Tornar o processo de aprendizagem cada vez mais atraente para o estudante é um dos principais desafios da educação. Para tanto, muitas escolas veem incorporando novas estratégias de ensino. A inclusão de jogos como atividade complementar da grade curricular é uma delas. O problema é que nem sempre a utilização dos games alcança esse objetivo. Em alguns casos, os jogos podem ser considerados “bobinhos” pelos alunos ou então, o assunto pode ser visto por professores como muito denso para ser trabalhado na tela de um computador. Foi com a pretensão de atacar essas duas problemáticas que pesquisadores MIT (Massachusetts Institute of Technology) desenvolveram o The Radix Endeavor, um jogo que usa a lógica dos populares games de estratégia como World of War Craft. A ideia é ensinar estudantes do ensino médio assuntos de Stem (sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e a matemática). O game, disponível em inglês, está aberto a participação de professores de todo o mundo e suas respectivas turmas.

Lançado neste mês, em caráter experimental, o Radix propõe estimular práticas de pensamento crítico, criação, colaboração e resolução de problemas. No jogo, assuntos de álgebra, geometria, probabilidade, estatística e biologia, por exemplo, são trabalhados dentro da lógica do desafio, uma das características mais marcantes dos games. O design, a jogabilidade e a possibilidades de interação com outros jogadores (como é o caso dos Massively Multiplayer On-line Games, jogos digitais que permitem a participação de vários usuários ao mesmo tempo) de casa ou do colégio, torna o Radix um game similar a outros que são mais populares. Para o desenvolvimento do jogo, foram necessários dois anos de intensas pesquisas no MIT.

 crédito kovalenko inna / Fotolia.com

Para participar do game, professores e alunos precisam fazer um pequeno cadastro no site. Em alguns instantes, o usuário já consegue criar o seu próprio avatar (personagem virtual) que o representará na aventura. Feito isso, o estudante já começa o jogo imerso numa ilha misteriosa repleta de espécies de plantas e animais desconhecidos. Ao caminhar pelo local, os jogadores poderão reconhecer essas espécies e outros tantos desafios que aparecerem diante deles. O principal objetivo será ajudar a encontrar solução para os problemas ambientais da ilha. Durante esse processo de busca, os jovens deverão estudar quais são as principais causas desses problemas e de que maneira podem salvar a ilha da destruição.

Toda a trajetória do jogador, as escolhas e o progresso dele no jogo poderão ser monitoradas pelo professor. Ele terá acesso direto aos dados dentro de um portal criado especificamente para isso. Com isso, o docente pode auxiliar o aluno nos desafios que ele não conseguiu superar ou naquele em que gastou mais tempo para superar. Todos as informações colocadas no jogo estão baseadas no currículo formal de ensino médio dos Estados Unidos. A fase piloto vai durar até junho de 2014. Nesta fase de testes, os pesquisadores irão monitorar a atuação dos estudantes participantes.

Confira imagens do game e entrevista com um dos realizadores, em inglês:

 

Data: set. 2013
Fonte: porvir.org

Sites para aprender a programar, de graça

Para quem sequer abriu um editor HTML, desses que estão disponíveis até mesmo em blogs, programar pode ser um verbo distante, que remete a telas pretas, com muitos números e símbolos que a princípio formam sentenças estranhas. A boa notícia aos interessados em aprender a linguagem dos códigos é que os tempos são outros, as telas pretas são apenas uma das muitas interfaces existentes. Opções de plataformas e ambientes amigáveis para quem está disposto a começar a programar não faltam.

O que faltam, segundo o garoto prodígio do Vale do Silício desses tempos, Mark Zuckerberg, são desenvolvedores. Não que isso seja uma novidade, mas na plataforma code.org, que reúne depoimentos de celebridades de diferentes áreas do conhecimento, o fundador e CEO do Facebook afirma que a política da empresa é contratar o maior número possível de desenvolvedores talentosos que encontram, exatamente por não haver bons profissionais com essa habilidade suficiente para dar conta do mercado.

Se em escolas e universidades a disciplina programação ainda é uma estranha desconhecida na esmagadora maioria dos currículos, há opções para todos os públicos para correr por fora. Ainda na infância, o aprendizado pode contar com o suporte de softwares como o Scratch, desenvolvido no MIT (Massachusetts Institute of Technology). Um dos mais aclamados pelos educadores, o Scratch não exige conhecimento de qualquer outra linguagem de programação. Na versão mais recente, a 2.0, permite que o usuário faça seus projetos on-line, sem precisar baixar qualquer programa. Funciona quase como um “lego virtual”, onde programas são construídos a partir do encaixe de blocos.

crédito maxkabakov/ Fotolia.com

No Brasil, o Scratch tem seus adeptos, como o professor Marcelo Molina, coordenador de Educação Tecnológica do Colégio JK, em Brasília. Em 2011, ele esteve no Medialab do MIT, em Boston (EUA), e trouxe de lá o software da casa. Desde então, as aulas de robótica para seus alunos do ensino fundamental não são as mesmas. “Assim que voltei, criei um currículo para trabalhar com o Scratch na Robótica, e avançamos bastante. Agora, os alunos já fazem games e desenvolvem programas unindo esse software ao [sensor de movimento] kinect, que teve o seu código aberto”, conta ele, entusiasmado.

A introdução à programação no Colégio JK não significa, necessariamente, a preparação de uma turma de desenvolvedores natos. “O que fazemos aqui é despertar as possibilidades. A robótica está no nosso currículo há sete anos porque é uma forma lúdica e estimulante de trabalhar a lógica”, pondera o educador.

Plataformas e cursos gratuitos

Para quem não conta com um professor no suporte da aprendizagem, as comunidades para troca de conhecimento estão aí. Aprender sozinho ou em grupo é uma possibilidade na Code Academy, onde os cursos são gratuitos. A plataforma conta com versão em português, mas apenas nas páginas iniciais. Após o acesso, que é dos mais simples e pode ser feito por meio dos perfis das redes sociais Twitter, Facebook ou ainda com um cadastro breve, os comandos passam a ser em inglês. Uma vez no ambiente, as trilha de aprendizagem são oito. Começam no Web Fundamentals e seguem até APIs (Interface de Programação de Aplicativos). Para quem quer apenas criar sites simples, lá está curso o HTML, disponível. Se a ideia for desenvolver ambientes interativos, basta recorrer ao Java, mais complexa. Tudo funciona na base de exercícios e na dinâmica da gamificação. O usuário vai somando pontos, vai completando etapas, como numa trilha de games mesmo. Porém, ao fim do “percurso”, nada de badges nem inimigos abatidos. Um site construído, sim, pode ser a recompensa.

A CodeAcademy surgiu em 2012, mas como startup já é reconhecida. Dentro da plataforma Code.org, um outro espaço virtual para imersão nos códigos, é uma das “escolas” referenciadas. Lá também estão em destaque as aulas de  programação da Khan Academy, em formato vídeo, e os tutoriais para o Scratch. Ser um hub de ambientes de aprendizagem, e não uma plataforma com conteúdos próprios, é a proposta, até o momento, da Code.org, que cumpre bem esse papel. No endereço é possível encontrar também os cursos de universidades on-line, como Coursera, Edx, Udacity, além de uma lista de tutoriais e indicações de aplicativos que ajudam os iniciados na programação a desenvolverem suas ideias. Esses cursos também costumam ser gratuitos e têm duração de seis e dez semanas. As únicas premissas para aprender são dominar o idioma inglês e ter tempo para se dedicar.

Não tão populares, mas bastante amigáveis

Menos popular entre os iniciantes e com menos espaço no mercado, a linguagem de programação Ruby tem espaços divertidos para os dispostos a explorá-la. A home do Try Ruby é quase um afago ao usuário, com os seus desenhos delicados e indicações de “como fazer” que quase conduzem o aprendiz pela mão. O conteúdo deste ambiente é parte do programa básico da Code School, apoiada pela IBM e também desenvolvida para oferecer uma experiência semelhante a de um game. O lema por lá é “Aprenda Fazendo”. Tutoriais estão presentes, mas exercícios e recompensas etapa a etapa são o forte da proposta.

Na Code School, há também níveis diferentes de contas. Os cursos básicos são os gratuitos. Para se aprofundar, a conta premium, paga, é o caminho, pois permite acesso aos conteúdos avançados.

Desenvolvimento em códigos abertos

Falar em programação com códigos que podem ser modificados e não citar os ambientes e recursos Mozilla é quase uma heresia. Com 15 anos completados neste 2013, a empresa é defensora ferrenha do open source e, além do seu produto mais disseminado, o navegador Firefox, tem outros, igualmente gratuitos, para os interessados em desenvolvimento.

O site Hackasaurus tem a proposta de permitir ao usuário, também de forma bastante intuitiva, através de legos, construir páginas web. Mas, estampando o “jeito Mozilla de fazer”, também permite  remixar páginas, a partir de seus códigos. Uma experiência interessante para quem quer começar a desvendar remix em HTML ou Java.

Data: set. 2013
Fonte: porvir.org

Videoaulas gratuitas ensinam a fazer de TCC a tese

Atentos a uma das principais dificuldades que alunos de graduação e pesquisadores de pós-graduação têm no decorrer dos cursos: a elaboração do trabalho de pesquisa de conclusão, professores de algumas instituições como a FGV (Fundação Getulio Vargas),  Unifesp (Universidade Federal de São Paulo ) e UniSantos (Universidade Federal de São Paulo) resolveram disponibilizar uma série de videoaulas abertas sobre o assunto na internet.

– Veja também: Plataforma da USP ensina a escrever artigo científico

Ofertadas gratuitamente, as aulas ajudam os acadêmicos na elaboração de trabalhos de conclusão de curso (TCC), monografias, dissertações e até teses de doutorado. Nos vídeos sobre a confecção de monografias, por exemplo, o professor Fábio Maiomone, da UniSantos, oferece todo o conteúdo quase em um formato de curso modular. Ele explica, passo a passo, cada uma das partes que compõem uma monografia (título, justificativa, objetivos, referências etc). Todas as videoaulas foram produzidas pelos próprios professores e foram disponibilizadas no YouTube.

Crédito Dmitry Erashov / Fotolia.com

“Por definição, os trabalhos de conclusão de curso são sempre a coisa mais difícil que o aluno precisa fazer. É o momento que ele tem que sair da zona de conforto e tentar criar algum tipo de originalidade acadêmica. O domínio da formatação do trabalho é fundamental”, fala o especialista em educaçãoClaudio de Moura Castro, ex-diretor geral da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), agência federal de fomento responsável pela avaliação da produção científica dos programas de pós-graduação no país.

Autor do livro A prática da pesquisa – obra que fala sobre a concepção de trabalhos acadêmicos –,  Castro ainda destaca a seriedade que o estudante deve ter no momento de elaboração da sua pesquisa. “O aluno deve sempre primar pela qualidade metodológica do trabalho acadêmico. E o orientador não deve amenizar a cobrança. Infelizmente, em algumas universidades, principalmente na graduação, isso não ocorre”, diz o especialista.

Então, para facilitar a vida do formando e do pós-graduando, o Porvir resolveu mapear além das videoaulas, uma série de materiais adicionais gratuitos que podem ser consultados e até baixados. Confira a listagem completa a seguir:

TCC (Trabalho de conclusão de curso de graduação)
Instrutor: professor José Carlos Abreu (Fundação Getúlio Vargas)


Material adicional gratuito para consulta:
1. Confira modelo pré-formatado de TCC elaborado pela USP São Carlos
2. Aprenda a utilizar o Prezi como alternativa aos slides do Powerpoint
3. Descubra uma nova forma de apresentar o trabalho com o Mural.ly

MONOGRAFIA (de Graduação ou de Especialização)
Instrutor: professor Fábio Maiomone (Universidade Católica de Santos)

Veja outros vídeos sobre cada uma das partes que compõe a monografia

Material adicional gratuito para download:
1. Leia as principais recomendações para a monografia feitas pela USP
2. Confira as instruções detalhadas para elaboração de uma monografia
3. Baixe a ferramenta Monogrando para ajudar na formatação do trabalho

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Instrutor: professor Alexandre Barros (Cientista Político)


Material adicional gratuito para download:
1. Confira as diretrizes sobre dissertações disponibilizadas pela USP
2. Leia o manual sobre a confecção de dissertações da UFRJ
3. Conheça os softwares usados para facilitar a elaboração da dissertação

TESE DE DOUTORADO
Instrutor: professor João Luiz Azevedo (Unifesp)


Material adicional gratuito para download:
1. Baixe o manual de elaboração de teses publicado pela UFRJ
2. Organize a rotina de estudo com o orientador com o software Colabolo
3. Acesse um modelo de esqueleto de uma tese de doutorado da COPPE

50 Ferramentas de Colaboração para a Educação

Estudar sempre foi mais produtivo quando feito em grupo, ajudando companheiros a resolver os problemas na medida que crescemos e juntamos esforços. As ferramentas de colaboração web social pode ser muito útil para o ambiente acadêmico, na verdade, existem centenas de utilitários que podem fazer a vida de alunos e professores muito mais fácil.
Aplicações de videoconferência, ferramentas de gerenciamento de projetos, plataformas especializadas, enfim… difícil fazer uma seleção, já que cada instituição e cada grupo de alunos pode ter necessidades completamente diferentes.

Criação de projetos e Office Online.

Essencial para o trabalho em grupos, embora existam dezenas de outras opções para o Gerenciamento de Projetos. .

– Nicenet . Compartilhe documentos, calendários, links … ideais para o trabalho em grupo.
– Redliner . Permite que múltiplos usuários para editar documentos do Word simultaneamente.
– Collanos . Para gerenciar projetos de gravação das mensagens, notas e outros canais de comunicação entre os membros.
– EtherPad . Processador de texto online que permite a edição simultânea de vários usuários em diferentes cores que marcam o trabalho de cada membro da equipe.
– Writeboard . Para criar e compartilhar qualquer tipo de documento.
– writewith . Para compartilhar documentos, tarefas e discussões.
– Zoho Show . Para apresentações on-line.
– Google Docs . Para criar, armazenar e compartilhar documentos.
– ThinkFold . Para definir os estados de um projeto e organizar as tarefas do mesmo.
– Thinkature . Para organizar as idéias antes da execução de um projeto.
– Thinkfree . Conclua plataforma para a criação e distribuição de documentos online.
Comunicação e grupos de discussão

Uma boa compilação de todas as opções que podem ser encontradas na categoria de comunicação .

– MemberHub . Comunica-se grupos de até 30 membros.
– Yugma . A versão gratuita permite conferência de até 20 pessoas ao mesmo tempo.
– ProBoards . Ideal para a geração de fóruns de discussão torná-los públicos ou privados.
– Pidgin . Para conectar todos usando mensagens instantâneas.
– 99Chats . Para criar salas de chat privadas.
– AwayFind . Para receber e-mails importantes no seu celular quando você estiver na sala de aula.
– Skype . Para fazer chamadas, conferências ou até mesmo compartilhar arquivos.
Compartilhar os resultados de pesquisa

Embora você possa usar qualquer opção da categoria de discos virtuais eu gostaria de acrescentar o Dropbox para sincronizar documentos entre vários computadores.

– CiteULike . Para organizar e compartilhar materiais.
– NoteMesh . Para compartilhar notas com os outros.
– Notefish . Para salvar e compartilhar conteúdo da Web com os outros.
– NoteCentric . Outra opção para a distribuição de anotações.
– Springnote . Para distribuir praticamente qualquer tipo de trabalho com o resto dos companheiros.
– Wridea . Para organizar as idéias e compartilhar mapas mentais.
– FruitNotes . Para organizar e compartilhar documentos, integrado com telefones celulares.
– Kablink . Para compartilhar documentos e discuti-los em tempo real.
– drop.io . Para enviar e compartilhar arquivos grandes usando uma URL.
Redes Sociais

Uma boa seleção de redes sociais focadas no ambiente acadêmico.

– ePals . Para entrar em contato com estudantes de todo o mundo.
– iLeonardo . Para capacitar os alunos a colaborar na investigação remotamente.
– O Quad . Para gerenciar projetos, calendários e grupos. Limitado a contas encerradas. Edu.
– Loomagoo . Permite compartilhar, comprar e vender material acadêmico.
– Student.com . Para compartilhar experiências sobre a vida em diferentes centros acadêmicos.
– WiZiQ . Para trazer alunos e professores aproveitando a web social.
– LearnHub . Para se preparar para os exames e compartilhar experiências.
– Campusbug . Ligações estudantes para ajudar a realizar tarefas diárias.

Wikis e blogs

– Wikispaces . Para criar um wiki e permitir gerar conteúdo entre todos os alunos.
– PBworks . Outra maneira de criar uma base de dados de conhecimento entre vários alunos.
– Blogmeister Classe . Para criar blogs relacionados aos temas abordados em sala de aula.
– Edublogs . Outra plataforma de blogs na educação.
– Blogger . Plataforma de blogging que não precisa de introdução.
– Twitter . Para criar um sistema de comunicação que pode ser privado entre um grupo de alunos e professores.
– Edmodo . Um ambiente acadêmico orientado microblog.
– Socialtext . Para criar grupos privados de até 50 usuários em uma plataforma de microblogging.

GESTÃO DE TAREFAS

– Google Calendar . Google Calendar onde você for perguntado sobre tudo.
– MyNoteit . Especialmente dedicado aos estudantes, para organizar tarefas e notas.
– MeetWithApproval . Para criar grupos de estudo com tarefas registrados.
– CollegeRuled . Para criar e compartilhar tarefas em grupos e enviá-los, se necessário, para o Facebook.
– Remember the Milk . O sistema de listas famoso que é usado para o mundo acadêmico e profissional.
– Toodledo Muito simples de usar para gerenciar tarefas entre os grupos..
– GradeMate . Outra ferramenta de gerenciamento de tarefas voltadas para o ambiente educacional.

Data: out. 2013
Fonte: marceloborba.com